quinta-feira, 27 de maio de 2010

Na Caverna de Adulão




"Então, Davi se retirou dali e se escapou para a Caverna de Adulão..."I Sm 22: 1

Oficialmente, Saul reinava em Israel, era o rei, escolhido pelo povo. Sem o conhecimento de Saul, o profeta Samuel, ungiu Davi como rei. Um rei, escolhido por Deus. Saul em declínio por desobedecer a Deus. Davi, em ascenção: Querido por todos adquirindo fama e confiança, principalmente, após derrotar o gigante Golias. As mulheres, em Israel, cantavam, sem segredos: "Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares" I Sm 18:7. Movido por ciúmes e inveja, Saul começa a perseguir Davi para matá-lo. Temeroso, o matador de gigantes, se refugia em Adulão.

A Caverna de Adulão, se situa no Vale de Elah ou Vale do Carvalho (I Sm 17:2). É um complexo de corredores muito extenso, ainda não explorado totalmente pela arqueologia. Adulão, significa: "Justiça do povo".

Ao chegar na caverna, Davi, atrai familiares e mais 400 homens "que se achavam em aperto, endividados, e de espírito desgostoso" (v2). O homem que procurava refúgio, agora, fortalecia a muitos. Adulão, portanto é lugar de refúgio e fortaleza.

Os 400 homens, que se juntaram ali, estavam insatisfeitos com o governo de Saul. Procuravam mudanças. Encontraram um líder, segundo o coração de Deus, capaz de lhes mostrar soluções. Na caverna, súditos e rei, enfrentavam problemas. Um líder, se identificando com o povo. Adulão é lugar de igualdade.

Certamente, na caverna, os "perseguidos", puderam ouvir Salmos de louvor. Orações de dia e de madrugada. Ações de graça ao Senhor. Nesse ambiente, passaram a intensificar a fé, se aprofundar na busca. Adulão, é lugar de transformação.

Um exército de "derrotados", ouvindo de seu líder, estratégias de "como vencer gigantes". Aprendendo a diminuir, para que Deus se tornasse grande. Confrontados, a batalhar em Queila, disseram: "Estamos com medo". Deus lhes disse: Levanta-te, desce a Queila, porque te dou os filisteus na tua mão" I Sm 23:4. Adulão é lugar de recompensa.

Chegada a hora, de deixar a caverna. O profeta Gade, lhes falou: "Não fiques, naquele lugar forte; vai e entra na terra de Judá" I Sm 22: 4. Adulão é lugar de passagem. Passaremos por "Adulão", talvez poucas ou muitas vezes, contudo, chegará o dia de "entrar em Judá". Foi no auge da perseguição de Saul, que Davi narrou o Salmo 18 e no verso 19, lê-se: "Trouxe-me para um lugar espaçoso, livrou-me, porque tinha prazer em mim". Saindo da opressão, para a vitória.

Davi, escolheu se refugiar a confrontar. Tem situações em nossas vidas, que precisamos recuar. "Entrar em Adulão" para que Deus cumpra a sua justiça. Ela não deve vir de nossas mãos. "Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus" Tg 1:20. Lugar de justiça.

Em adulão, houve cura, milagre. Que essa lição, esteja gravada em nosso coração, e possamos, sempre que necessário, "entrar em Adulão". Cristo é como Davi, na caverna. A ele, se juntou sedentos por transformação, foram recebidos, sem criticas, mas, com alegria no coração. Cristo nos diz: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei" Mt 11:28. Se refugie em Adulão.

Por: Wilma Rejane
A Tenda na Rocha

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Missão Integral - Pastor Valdir Steuernagel

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PR. VALDIR RAUL STEUERNAGEL*

Compilação de João Cruzué

O QUE VEM A SER MISSÃO INTEGRAL?

Sempre temos uma pergunta, sobre o que é Missão Integral. Mas em última análise, ela é nada mais do que ouvir o chamado de Jesus uma vez mais, e a obediência e o seguimento a este chamado uma vez mais.

Jesus nos chama para estarmos com Ele. É a pergunta da relação. Jesus nos chama a pregarmos o evangelho, é o anúncio das boas novas. Jesus nos chama a expulsar os demônios. É o anúncio da libertação. Jesus nos chama para curar os enfermos. É a possiblidade de vermos o Shalon da saúde.

Missão integral é a forma que nós temos e buscamos de juntar tudo isto para que o nosso seguimento a Jesus seja o mais profundo, o mais bonito, o mais intenso possível. Jesus nos chama de uma forma integral. Chama toda a nossa vida e nos chama por toda nossa vida. A Missão Integral quer responder a este chamado de Jesus. Envolvendo toda nossa vida e a vida de toda Igreja. A vida de todas as pessoas.

A missão integral é um jeito de respondermos a nossa vocação para sermos cidadãos do Reino de Deus no mundo de hoje. Cidadãos do reino de Deus na nossa sociedade, nas nossas comunidades, nas nossas Igrejas, famílias e pessoalmente falando. Juntando tudo isso em termos de como nós respondemos à missão que Deus nos tem confiado no mundo de hoje.


QUAIS SÃO OS AVANÇOS E RETROCESSOS NO BRASIL?

A segunda pergunta tem a ver com a Missão Integral na vida da nossa Igreja aqui no Brasil. É interessante que nossas respostas ao Evangelho de Jesus Cristo, ao seu chamado, acabam sendo sempre parciais. E também é verdade que sempre buscamos novamente por respostas completas

Paulo fala sobre isso, não é verdade? Paulo fala que nós não as alcançamos agora, mas que estamos sempre em busca. Assim também na nossa Igreja aqui no Brasil, nas diferentes Igrejas deste nosso país, temos muita gente servindo a Jesus Cristo de forma de intensa, de forma bonita, de forma integral. Nas comunidades, nas periferias. São pequenos projetos, pequenas Igrejas, programas de desenvolvimento comunitário que fazemos em nome do Evangelho. É uma nova geração que desperta para a compreensão do Evangelho que seja para a vida toda e que envolva toda vida. Nós celebramos estes sinais no Brasil de hoje.

A Missão Integral também encontra desafios, quem sabe poderíamos dizer que dois dos grandes desafios de hoje são: 1) aquilo que chamamos de Teologia da Prosperidade. Essa ênfase, esta onda que está nas nossas igrejas e que nos impede de ver um E evangelho todo e para a pessoa toda e para todas as comunidades e que de alguma forma materializa apenas o Evangelho essa é uma grande tentação. 2) A outra grande tentação é desencarnar o Evangelho. É fazer dele uma batalha espiritual que não tenha a ver com as estruturas pecaminosas na socieadade, quando nós precisamos de uma batalha espiritual que tenha a percepção das nossas estruturas, dos nossos vínculos, das nossas relações pecaminosas.

Assim quando procuramos seguir a Jesus Cristo, hoje, tentamos vencer essas tentações, tentamos dizer não, para estes caminhos que nos levam, em última análise, para longe do Evangelho de Jesus Cristo. Voltando-nos sempre e novamente para uma Missão Integral que se encarne na vida das pessoas, das comunidades, das comunidades pobres abandonadas desse nosso país.

O que eu mais celebro no Brasil de hoje é isso: este evangelho que ganha corpo na periferia. É este evangelho que abraça uma geração nova e uma geração nova que abraça este Evangelho, numa expressão nova de obediência ao chamado de Jesus Cristo.

O forum de missão Integral realizado aqui no Brasil no ano passado foi um sinal nesta direção e nessa direção nós precisamos seguir


Fonte: www.youtube.com/watch?v=RXR48kAG_MA


Pastor Valdir Raul Steuernagel pertence a Igreja Luterana, entre outras funções, já foi diretor mundial da World Vision. Tive a oportunidade de vê-lo em ação na abertura do Congresso de Missões da Igreja Batista do Morumbi em outubro de 2008.

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domingo, 23 de maio de 2010

Piratas e conquistadores: Direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo por certo prazo


ALDO PEREIRA - Folha de São Paulo

NO SÉCULO 16 , países europeus que exploravam riquezas da América reprimiam com rigor a ação de piratas baseados em ilhas e costas continentais do Caribe: execução sumária ou condenação à forca. À primeira vista, história de mocinhos e bandidos -ou seria de bandidos e bandidos? Logo após ter descoberto o que supunha ser a Índia, Cristóvão Colombo (1451-1506) estabeleceu modelo de conduta para "los conquistadores": tortura sistemática de nativos para obter deles "segredos" de minas e garimpos de ouro, bem como para escravizá-los na extração e refino do minério. A recalcitrantes, espada civilizadora finamente forjada em Toledo. De sua parte, a Marinha britânica, ocupada então com tráfico de escravos africanos, comissionou "privateers" (navios corsários) para pirataria seletiva contra galeões espanhóis carregados desse ouro.
Frances Drake (1540-1596) e Henry Morgan (1635-1688), célebres corsários, receberiam pela patriótica missão o título honorífico de "sir". A distinção entre piratas, conquistadores e corsários continua ambígua. Sem explicitar nomes, o principal executivo da UMG (Universal Music Group) vocifera contra engenhocas do tipo iPod: "Repositórios de música roubada!". Também se têm visto e ouvido na mídia proclamações de que baixar, copiar ou comprar músicas e programas sem pagar royalties é "pirataria".
Com a forca fora de moda, detentores de "propriedade intelectual" reclamam ao menos cadeia para "piratas". "Propriedade intelectual" é campo de disputa em que convergem três interesses legítimos e interdependentes, mas conflitantes: 1) o dos autores, sem os quais não teríamos inovação e avanço na cultura; 2) o de firmas como editoras, gravadoras e programadoras, que assumem riscos lotéricos de produção, distribuição e promoção (em média, dos mais de 40 livros que a Random House edita por semana, 35 dão prejuízo ou lucro zero); e 3) o direito público à liberdade de expressão, ao saber e ao cultivo do espírito pela arte. Sem esse terceiro direito, a vida cultural estagnaria, porque se realimenta do que ela própria produz. Nenhuma criação é absolutamente original, mas produto da tradição cultural do meio em que o autor se forma. Por isso, direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo durante certo prazo, como a concedida a patentes. Em criações de pessoa física, tal licença poderia ser vitalícia, embora não hereditária. O que tem ocorrido, porém, é progressiva usurpação do direito público em favor da "propriedade intelectual", sobretudo corporativa. Isto é, acumulação de privilégios desfrutados por cartéis e outros grupos que em geral os têm obtido pelo suborno sistemático de legisladores e burocratas, prática mais elegantemente referida como lobby ("antessala"). No reinado de Pedro 1º, toda obra literária caía em domínio público dez anos após a publicação. O regime republicano dilatou o privilégio para 50 anos contados do 1º de janeiro subsequente à morte do autor (Lei Medeiros e Albuquerque, nº 496, de 1898). Esse prazo é hoje de 70 anos.
Todas as mudanças legais introduzidas desde 1898 têm ampliado o direito individual e corporativo de exploração econômica das obras à custa de progressiva restrição do domínio público, isto é, em prejuízo da dimensão social da cultura. A involução legal brasileira reflete a globalização dos mercados da "propriedade intelectual". Acordos e convenções que conferem direito proprietário de corporações a criações culturais têm sido extorquidos a governantes covardes e/ ou venais do mundo subdesenvolvido, estratégia que se completa pelo citado suborno legislativo. Colonialismo por outros meios. O abuso é mais nítido na exploração autoral póstuma, onde o Congresso americano, creia, tem-se mostrado ainda mais venal que o brasileiro. Segundo Lawrence Lessig, professor de direito da Universidade Stanford, à medida que o camundongo Mickey envelhece e se arrisca a cair em domínio público, o lobby da Walt Disney obtém mais alguns anos de sobrevida para o respectivo "copyright". Em 1998, o Congresso dos EUA estendeu a proteção póstuma a 95 anos: no caso de Mickey, até 2061. Lessig enumera 11 extensões semelhantes concedidas nos últimos 40 anos em favor da indústria de som e imagem.
Nesse drama, decerto lhe seria difícil escolher entre o papel de conquistador e o de pirata. Resigne-se, então, ao do submisso e espoliado nativo.

ALDO PEREIRA , 77, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha.

sábado, 22 de maio de 2010

Passar por casa

Escrita Criativa/Memórias de um poeta

Chegou a casa como mobilizado.
Não acrescentava nada se tivesse andado com a cabeça às voltas, pensamentos românticos, ideias depressivas, mesmo se agendasse suicídios wertherianos, nem sentir-se um herói, embora se sentisse solene e sozinho.
As ordens de serviço, mesmo feitas por amanuenses invisíveis e, como tal, insensíveis, não costumavam errar.
Podiam, em certos casos, levar tempo a digerir. – Condecorado com a medalha de cobre de bom comportamento- disse uma vez a Ordem e ele sabia que tinha tido vontade de matar uns quantos tipos.
Nessa manhã, levemente verde porque os jardins da Base brilhavam sob o sol, ouvira como um hábito,mas sempre no meio do alvoroço geral, que havia nomeações. Depois, confirmou-o, tirou tudo a limpo, ao ler o seu nome.
A guerra colonial precisava de técnicos para operar nos aviões de combate.África era longe, mas naquela hora a colónia distante apertou-lhe o coração. A guerra era longe, mas agora entrava em turbilhão nos seus pensamentos. Porque antes teria que passar por casa e anunciar que o mandavam para um posto longínquo.
A sua responsabilidade agora era diferente, a sua aura junto dos companheiros transmudara-se, era um mobilizado – Deixa lá, para a próxima vamos nós.
No entanto, o seu primeiro acto de heroicidade, teria que passar por convencer a família, a noiva, alguns amigos de juventude, de que não fora ele que se auto-propusera.
Alguém tinha decidido por si, um deus ex-machina tinha decretado.Chegou a casa, como mobilizado, e disparou, sem rodeios, – Vou para Angola. E isso soou como uma bomba.
Os preparativos para a partida, nos dias e nas semanas seguintes, não podiam desmentir a realidade, mas bem no fundo de si mesmo o coração recusava-se a acreditar. E passou esse tempo sozinho com o seu coração, embora sempre rodeado de pessoas.
Não se olhou ao espelho, não fez poemas, se fosse poeta, não teceu filosofias, se fosse filósofo, não ergueu moralidades, se fosse um moralista, nem sequer sentiu vontade de matar uns quantos tipos, nem reclamou a Deus.Nos dias que se seguiram, continuou a fazer o seu trabalho, e, em casa, ouvia – Se calhar foste tu que quiseste ir. Ainda hoje, passados 40 e alguns anos, quando se fala desse dia, dizem-lhe – Sempre foste muito lírico, não nos admirava nada que tivesses sido tu a pedir.
18-5-2010
João Tomaz Parreira

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desafios sob um sol escaldante

As rotinas mantêm-se inalteráveis.
Todos os dias me ausento de casa, quando a hora sexta está perto, debaixo dum sol escaldante, em direcção à fonte de Jacó para me abastecer de água.
É o único horário que me permite sair sem ser atingida pelo fogo cruzado das injúrias e blasfémias que este povo insolente, provocador e hipócrita me dispara. Um povo que, encabeçado por desprezíveis auto-denominados juízes, decreta as suas sentenças, diante das rés deliberadamente silenciadas.
Nunca ninguém se atreveu a perguntar-me se precisava de auxílio. Nunca ninguém me estendeu a mão quando caída em desgraça. Nunca ninguém se preocupou em saber quais os motivos do meu infortúnio. Nunca ninguém quis saber se era justo ou injusto este meu penar, nunca! Mas sempre estiveram, e estão, prontos a direccionar os seus dedos acusadores e as suas línguas afiadas contra mim. Julgam-me como se me conhecessem, mas desconhecem-me por completo, a mim e à minha história de vida. E eu também não estou interessada em divulgá-la mas irrita-me profundamente que sejam juízes de uma causa alheia. E tudo porquê? Porque sou mulher!
Não lhes importa os acontecimentos que levam um casamento a ruir, não lhes interessa saber o que correu mal, as origens de semelhante desfecho nem quem foi o primeiro quebrar os votos do matrimónio. Não, isso não lhes interessa, não é importante, porque as culpas recaem sempre sobre a mesma vítima, a mulher!Como tal, e relativamente ao meu caso, a culpa foi, e continuará a ser minha e ponto final.
É assim que se tratam as mulheres de Samaria… Nascemos com o destino traçado, nascemos para estarmos sujeitas às vontades e aos quereres do sexo oposto. Os homens querem, podem, mandam e comandam enquanto nós, as mulheres, só temos de lhes obedecer, calando-nos, subjugando-nos, anulando-nos e ainda devemos dar muitas graças a Jeová pelo marido que temos. Se ele é bom ou mau, não importa. Mas eu recuso-me a aceitar esta prepotência tirânica. Recuso-me a deixar-me dominar por tamanha injustiça. Não é isto que quero e espero de um marido, de um companheiro de vida. Quando me entrego é por completo, quando me dou é por inteira. Foi assim que agi em cada enlace. Busquei em todos eles, desesperadamente, a felicidade e entreguei-me sem reservas. Mas o retorno não foi o esperado. Fui desprezada, humilhada, maltratada e… violentada. Destroçada, virei a mesa por cinco vezes! Fiz aquilo que muitas mulheres querem e sentem vontade de fazer, mas coitadas… se o fizeram receberão o mesmo tratamento que eu.
É por isso que se acobardam e anulam, preferindo sofrer em silêncio. Mas eu não compactuo com violência nem maus tratos, recuso-me a ser usada como um tapete, ou um objecto. Se o Senhor dos meus pais Isaque e Jacob exigisse de nós essa submissão não nos teria dado boca, coração, inteligência, sentimentos…Porque requerem os homens de nós, um direito que não lhe é devido? Porquê? Porque a sociedade está dominada por eles e pelas leis que eles próprios elaboram em seu benefício. E sendo assim está tudo dito!Mas eu não me conformo com isso… prefiro ser apontada na rua com hostilidade do que ser olhada com piedade. Não suporto que tenham pena de mim, não o admito se quer!Só há uma coisa capaz de me dominar, só uma coisa pode refrear estes meus ímpetos e transformar o meu carácter, só uma única, o amor… só o amor e nada mais.
Não anulo a minha cota parte de culpa em todos estes fracassos. Fui ingénua e tonta. Caí na cilada de um amor fingido, escorreguei diante de elogios, galanteios e palavras doces. Paguei caro esse meu erro. Duplamente caro. Procurava em cada companheiro, um amigo que não achei. O sinónimo de amigo é tão extenso e tão imenso… É lamentável que muito poucos o conheçam. Mas nenhum dos meus anteriores infortúnios me fez perder o amor-próprio, a dignidade ou a vontade ser feliz.
Sofro por viver paredes meias com um povo que se diz religioso, temente a Deus mas não manifesta o amor pelo próximo, em vez disso difama-o. Um povo que bate com a mão no peito e se diz ser servo do Deus Altíssimo, mas na realidade tudo não passa de um disfarce para omitir a podridão que lhes vai na alma. Falsas paredes caiadas de branco. Podem acusar-me de mundana ou adúltera mas jamais de dissimulada ou maliciosa.Tudo fiz com o objectivo de ser abençoada, não o consegui, paciência.

Sob o sol escaldante na minha cabeça, apesar do cântaro, estes pensamentos pesam e tornam mais dolorosa a caminhada; nunca tenho outros quando me dirijo ao poço.

Mas… que fará a esta hora um homem assentado junto ao poço? Ainda para mais… judeu.Sim, é judeu, as vestes e o semblante não deixam dúvidas.
Hum... o melhor é dar seguimento ao que me trouxe aqui e voltar rapidamente a casa. Não existe comunicação entre judeus e samaritanos portanto…
- Dá-me de beber.
Como ousa ele dirigir-me a palavra? Deve estar sequioso, e com o calor que se sente a esta hora não me admira, ainda assim…
- Perdão? Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?
- Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Que diz ele? Dar-me-ia água viva? Mas como?- Senhor, tu não tens com que tirar a água e o poço é fundo, onde pois tens a água viva para me dar? És tu maior que o nosso Pai Jacó, que nos deu o poço, de onde também bebeu ele, seus filhos e seu gado?
É um judeu estranho que fala de forma estranha mas não me parece que esteja a ironizar quando fala comigo. Há algo nele que me atrai e transmite confiança…
- Qualquer que beber desta água tornará a ter sede. Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
Se for verdade o que me diz, acabaria de vez com esta rotina diária de vir ao poço buscar água. Terminaria este tormento.
- Senhor, dá-me dessa água, para que não tenha mais sede, e não necessite de vir mais aqui tirá-la.
- Vai, chama o teu marido, e vem cá. O meu marido? Mas porque tenho de chamar agora o meu marido? Ah já sei… sou mulher… o eterno problema.- Não tenho marido – agora vai dizer-me que não tenho direito a essa água.- Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido, falaste a verdade.
Eu sempre falo a verdade mas, como pode ele saber que já tive cinco maridos e que o companheiro que tenho presentemente não é meu? - Senhor, vejo que és profeta – só um profeta possui tamanho conhecimento. Vou aproveitar para o questionar sobre o que os nossos pais nos ensinaram, e que tanto os judeus contestam. Nunca tive a oportunidade de esclarecer as minhas dúvidas, limitei-me a aceitar o que me diziam.
- Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis ao Pai. Vós adorais o que não sabeis: nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem...
Quanta sabedoria… reconheço que sabe bem do que fala. O que vejo a minha volta? Muita religiosidade, muita tradição, muitos usos e costumes, mas a verdadeira fé em Deus e a verdadeira adoração onde estão? - Senhor, eu sei que o Messias, chamado de Cristo, vem, e quando vier irá anunciar-nos e esclarecer-nos acerca tudo – sempre foi essa a minha certeza.
- Eu o sou, eu que falo contigo.

Estou atónita, não pode ser. O Messias que todos aguardamos está agora diante de mim? - Oh meu Senhor, a minha alma está gozosa e maravilhada. A sua voz propaga em mim uma acalmia imensa. Dele emanam paz, segurança, conforto e alegria. É inexplicável mas o meu coração está inundado pela mais pura felicidade! Uma felicidade sem igual.Vêm homens em direcção ao poço, não sei quem são, suponho que sejam seus amigos. A excitação invade-me e impede-me de fazer perguntas. Só penso em correr até Sicar e contar a todos quem encontrei. Largo o cântaro e uma pressa diferente em regressar à cidade, apossa-se de mim. Recordo-me agora que não me despedi, nem lhe agradeci, pelos menos verbalmente não me lembro de o ter feito mas os meus olhos, sim os meus olhos, devem ter-lhe expressado toda a minha gratidão. A minha ansiedade é tanta que o caminho parece não ter mais fim. E os pensamentos de há pouco… aqueles que emergiram na minha mente perderam todo o valor. Cinco casamentos falhados… como me pesam agora, Santo Deus.Talvez eu devesse ter me empenhado mais. Talvez eu não devesse ter sido tão afoita na defesa daquilo que pensei serem os meus direitos. Talvez eu pudesse ter me silenciado e assim evitado algumas situações… talvez. Oh meu Deus agora é tarde, e já não posso remediar o passado. Tenho padecido muito a conta das decisões levianas que tomei. Em relação ao presente tudo é diferente, Há muito que posso, preciso e vou fazer. Preciso colocar a minha vida em ordem. Preciso definir a minha situação actual, preciso… Mas antes, antes de tudo vou relatar ao meu povo o encontro que tive junto ao poço. Vou contar-lhes que encontrei um homem especial, que me disse tudo quanto tenho feito. Sei que de início não irão acreditar em mim, irão questionar-me e por em causa tudo o que lhes digo, mas a verdade é que eu encontrei a fonte. Encontrei a Cristo!

Florbela Ribeiro®

Via Portal Evangélico da AEP

domingo, 16 de maio de 2010

Deus não é esquizofrênico!

R.C. Sproul disse: “Uma coisa é proteger o direito de toda pessoa religiosa de seguir os ditames de sua consciência sem temer perseguição; outra coisa é afirmar que convicções opostas podem ser ambas verdade. Devemos notar a diferença entre tolerância igual sob a lei e validade igual segundo a verdade”

Muitas vezes o não-freqüentador reage com o cristão do mesmo modo como o jovem hindu a quem falei sobre Jesus, durante uma viagem que fiz à Índia, em 1987. Quando lhe disse que Jesus é Deus, a resposta foi:

- Isso não é problema.
- Não é problema? – perguntei surpreso. – Você está dizendo que aceita o fato de que Jesus Cristo é o Filho de Deus?
- Claro – respondeu. Eu estava admirado de ele ter concordado com a minha afirmação tão prontamente. Mas, em seguida acrescentou:
- Temos milhões de deuses no hinduísmo. Teremos prazer em também acrescentar Jesus.

Quando afirmei que Jesus é o único Filho de Deus, ele ficou indignado. Isso também acontece com muitos não-freqüentadores-de-igreja. Jesus é ótimo para eles desde que seja uma opção entre muitas outras.

Os cristãos precisam ser muito cuidadosos na maneira de explicar a exclusividade de Cristo. Claro que o perigo é parecer presunçoso ou superior. Como alguém já disse, nós, cristãos, não devemos ser pretensiosos. Somos apenas mendigos contando a outros mendigos onde encontrar comida.

Às vezes, para neutralizar as objeções do não-freqüentador, faço uma analogia entre dois clubes. O primeiro só admite pessoas que conquistaram um certo status para ser membro. Devem ter realizado algo importante, ou adquirido alto grau de sabedoria, ou preenchido uma lista de exigências e condições, antes de se considerar a admissão. Apesar dos esforços, muitos não conseguem ser aceitos.
As outras religiões são assim, porque são fundamentadas em um sistema em que as pessoas fazem alguma coisa para receber o favor de Deus.

o segundo clube proclama: “Qualquer pessoa que queria ser membro será admitida. Homens, mulheres, negros, brancos, velhos, jovens, qualquer pessoa que quiser entrar para esse clube conseguirá fazê-lo mediante o arrependimento e a fé em Cristo. Ninguém será rejeitado, mas dependerá de você querer juntar-se a nós.”
É isso que o cristianismo afirma. Portanto, qual dos sistemas é seletivo e exclusivista? Nossa porta está aberta a qualquer pessoa que queira entrar.

Em seguida, tanto fazer o não-freqüentador considerar a lógica da reivindicação exclusiva de Cristo. Não faria sentido se Deus fosse ao outro lado do mundo e disse às pessoas como agradá-lo, depois fosse a outro lugar dizer algo contraditório, e ainda se dirigisse a outro lugar e contasse outra história. Deus não é esquizofrênico. Não há lógica em Dizer que religiões com crenças contraditórias sobre Deus podem ser, ao mesmo tempo, corretas.



Lee Strobel, em “Inteligência Espiritual: Como alcançar os que evitam Deus e a igreja”, editora Vida.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tudo Tem O Seu Tempo





"Tudo tem o seu tempo, tempo de chorar e tempo de rir" Ec 3:1,4

Já faz um tempinho, fiz uma meditação sobre a amendoeira. Árvore, citada no livro do profeta Jeremias. Refiz a mensagem, incluindo o comentário, enviado por um leitor, chamado Silas. Creio, que os leitores serão edificados, como eu fui.

"Ainda veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês Jeremias? E eu disse: Vejo uma amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir" (Jeremias 1:11,12).

A amendoeira é considerada a "despertadora" no pensamento hebraico, visto que de todas as árvores ela é a que floresce mais cedo, muito atenta a oportunidade de florir. As amendoeiras também têem grande capacidade de regeneração não necessitando de podas. A cada ano elas morrem e renascem esplêndidamente tornando-se completamente floridas.

Da mesma forma que a amendoeira se comporta, sendo atenta a capacidade de renascer, de florir, Deus se comporta para com o seu povo. Ele está atento, vigilante, de sentinela para no momento certo cumprir a sua Palavra. Ali onde parece não haver vida, tal qual a amendoeira,tudo volta a florir com mais beleza ainda.

A amendoeira tem outra característica interessante, todas as outras árvores podem falhar, mas a amendoeira jamais falha. Assim como a palavra do Senhor, ela é infalível! A vara de amendoeira tem também a capacidade de gerar duas flores em uma única vara, uma rosa e outra branca, uma é doce e a outra amarga, assim como a nossa vida: Temos sempre duas histórias pra contar uma triste e outra amarga!Mas, ao mastigarmos a flor branca, que é a amarga, perceberemos que no final ela tem gosto de azeite!

Aleluia! Deus É maravilhoso! Nossas tribulações, contribuem para o nosso crescimento. Ele, nunca nos desamparará. Está atento a tudo que acontece conosco. No momento certo, a amendoeira irá florescer. Amém.

Árvore Amendoeira
As informações do leitor Silas, estão no penúltimo parágrafo.



Wilma Rejane
via Tenda na Rocha

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Poema Inédito de J.T.Parreira

CONTAR AS ESTRELAS


A única coisa que sei fazer
com as estrelas
é tocar nelas: nas teclas
onde salto, como o gamo
do Cântico dos Cânticos

a procurar palavras
sem névoas, nem fumos
oxidações da água, mas
puros cristais de neve

A única coisa que sei
é adormecer os dedos ao tacto
das estrelas: nas teclas
quadradas onde cada
destino recomeça.
12-5-2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Morte que mata o Ser


Uma nota de suicídio na porta do quarto de Chatov (nome meramente literário), dizia: «Entrem, estou enforcado». Mas ele já não «está», ele já não «é».
A morte traz a ausência do Ser e com ela a não prestabilidade do corpo. Fernando Pessoa viu bem esta relação Ser, corpo e utilidade no poema «O menino da sua mãe»: «Está inteira / e boa a cigarreira. / Ele é que já não serve».
A Primeira Vez
A primeira vez que a palavra morte se verbalizou através da conjugação de um verbo, como uma acção contra o Ser, foi no jardim do Éden e foi o Criador da Vida que a proferiu (Gn 2,17), como um aviso conducente ao Bem e ao Mal e ao livre-arbítrio do Homem.
Aceitamos que Deus falava de duas mortes, que se viriam a institucionalizar, digamos assim, a morte física e a espiritual. Depois Caim materializou a parte física da morte ao assassinar Abel.
A Morte para matar o Ser estava instituída sobre a Terra.
Caim teve, apesar do seu terrível feito, da sua arqui-construção da ideia e do facto «Morte», consciência disso, ao transpor para a universalidade dos seres humanos o incontornável verbo «morrer», ao percepcionar que qualquer um o poderia «matar».
«E serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará»- disse, no livro do Génesis.4,14.
Quando se morre, já não se «está». O nosso «Chatov» dispunha de Ser, quando escreveu a sua nota de suicídio «era» ou, para usar uma expressão de Heidegger, o filósofo do Ser, era «Ser-aí» (Dasein -o ser-aí ou o ser-no-mundo), ao perpetrar a sua própria morte deixou de «ser», deixou de «estar».
Por essa razão, o suicídio como resultado a que qualquer desespero conduz, é ampliado para um delicado problema filosófico, mas sobretudo teológico nosso contemporâneo.
Desde o século XX, designadamente, teólogos protestantes célebres têm-se debruçado sobre o suicídio como sendo este uma resposta materialista ao divino, Paul Tillich e Karl Barth. Também o olhar e pensar filosóficos, por exemplo, de Albert Camus, foram nesse sentido.
Não é mero axioma o início do celebrado «Mito de Sísifo», de Camus, quando escreve que «só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio». Claro que o evidencia como resultado do seu pensamento, não existencialista que não foi, mas de filósofo e romancista perante o absurdo que ele considerava na existência humana. Por essa razão, prossegue ao qualificar a importância do problema, que é o suicídio, como uma resposta ao julgamento de se «a vida merece ou não ser vivida».
Se não merece, então está justificado o suicídio, a morte voluntária, como alguns sociólogos já lhe chamaram.
Aquele romancista-filósofo escreveu, ainda naquele ensaio, que nunca viu ninguém morrer pelo argumento ontológico, em contrapartida, disse que viu que morrem muitas pessoas por considerarem que a vida não merece ser vivida.
Mas desde o Éden, desde os primeiros capítulos da humanidade iniciada em Adão e em Eva, que a morte e o morrer começaram por ser ontológicos e se passaram para o plano meramente físico, a essencialidade jamais deixou de estar no Ser.
Os crentes, os Cristãos pelo menos, para não falar dos Judeus ou dos Islamitas, sabem que no Ser humano vem em primeiro lugar a essência e depois a existência, porque o homem é criação divina.
Morrer o Ser
Matar-se é, em certo sentido, confessar, proposta camusiana que tende a contribuir subjectivamente para o existencialismo, mas só na medida em que o romancista referido diz que é «confessar que se foi ultrapassado pela vida».
Esta é uma perspectiva de um agnóstico que estruturou o seu pensamento no problema da ausência de Deus, nunca afirmando a Sua não existência. Disse-o, com compreensão pelos crentes, desta forma: «ninguém pode desencorajar o apetite da divindade no coração do homem».
Isto dito por um homem sem fé, é marcante. «A existência humana é um perfeito absurdo para quem não tem fé na imortalidade»
A auto-negação da vida, a implícita negação da imortalidade da alma e do espírito da criatura humana na acepção bíblica, é uma forma de atentar, lograda ou não, contra a centelha do divino no coração do homem.
A teologia evangélica contemporânea, pela voz dos seus teólogos mais proeminentes do século XX, asseverou, com toda a colaboração bíblica, que a resposta ao suicídio, não é que o homem deva viver, mas que possa viver.
O suicídio é excluído pela graça de Deus, pela cruz e pela ressurreição de Jesus Cristo, na qual o pecado de rebelião contra a graça de Deus é expiado e abolido- escreveu de modo definitivo o teólogo Bernard Ramm.
Deus disse sim ao Homem, na Cruz através de Jesus Cristo, o suicídio quando ocorre é o homem a dizer não a Deus. É uma revolta contra o Amor divino ao Ser. Porque o Ser foi gerado pelo sopro divino nas narinas de Adão.
João Tomaz Parreira

Uma Rosa para Kierkegaard

*

Eu trago uma rosa para Kierkegaard

Kierkegaard que não viu Hiroshima

Que, vista,
Explodiria com ela

E deixaria um apócrifo
Contra a América cristã

Eu trago uma rosa em nome de Cristo e
Quero encontrar-te
Senhor Soren
Quero nomear meu filho assim, Soren

Teu semblante triste eu trago do berço,
Quero teu ímpeto libertário
Para denunciar nossas incongruências
Nossos nadas (trans)feitos doutrina,
Adaptação e contentamento

Eu quero teus saltos
Pois tenho asas e um teto
Que me prende de usá-las
(e um mundo a alcançar para Cristo)

Ah, Soren, com o perdão da truculência
Quero dar uma banda
No coro dos contentes
E deitar todos de pernas
Para o ar

-Quem sabe, de um
Outro ângulo,
Finalmente não enxergam
Os não alcançados?


Trago uma rosa para ti, para mim
- Para a multidão de nós

e laços -

Oxalá a realize

Sammis Reachers

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Curso de Tradução BÍblica (módulo 1, Fonética Articulatória)

Introdução aos Estudos de Tradução da Bíblia
módulo 1
Fonética Articulatória

na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Mais informações e inscrições:
http://www.mackenzie.br/traducao_biblica.html

"Essa disciplina é fundamental para todos nós. A professora Neide está muito animada e nós também. A matéria é tão boa que há alunos que a cursaram em 2009 e a farão de novo neste ano. Veja o cronograma no site. O valor continua o mesmo e esse fato é inédito, afinal, são 60 horas de curso. Se quiserem, por curiosidade, verifiquem os valores de outros cursos de Extensão e poderão constatar como o nosso curso está com um valor excelente. Além de nós, pessoas que se interessam pela Tradução da Bíblia, essa disciplina se faz fundamental para quem trabalha com idiomas; caso conheçam algum professor de línguas estrangeiras, podem divulgar". - Profa. Ms. Mônica de Barros Barreto Guimarães de Mesquita, Coordenadora do Curso.
Contato: APMT - SP/Brasil - (11) 3207-2139 - 9713-0133

Para conhecer mais sobre o ministério de Tradução da Bíblia, acesse:

- Canal no Youtube: http://www.youtube.com/tradutoresbiblicos
- Site: http://tradutoresbiblicos.wordpress.com/
- Agência Missionária: http://missaoalem.org.br/
- Movimento Visão 2025: http://www.missaoalem.org.br/visao2025/

domingo, 9 de maio de 2010

O que significa estar com Jesus

.

Chinesa adorando o Senhor

João Cruzué

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Marta Recebeu Jesus em sua Casa.

Maria era irmã de Marta.

Marta estava distraída em muitos serviços.

Maria assentou-se para estar ao pé de Jesus.

Marta foi se queixar.

Senhor, manda Maria ajudar-me

E Jesus lhe respondeu:

Marta, Marta. Por que está ansiosa

e fadigada com tantas coisas?


Maria escolheu a boa parte. A melhor parte.

Maria se esqueceu de tudo

quando estava na presença

do Senhor.


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Você sabe o que significa estar na presença do Senhor, para ouvir a voz Dele? Vou contar aqui duas oportunidades que tive. Por duas vezes a presença do Senhor deixou sua marca indelével em minh'alma. É por isso que eu sei porquê Maria se esquecera completamente do trabalho e não se moveu de diante da presença Jesus.

Na primeira vez, eu estava com o Irmão Enoque na Igreja Assembleia de Deus do Brás, à Rua Major Marcelino. Não eram palavras, era o Espírito de Deus derramando uma alegria tão grande que meu coração se apertou e os olhos molharam a minha face. O pastor pregava, a Igreja estava calma e eu estava na presença do Senhor.

A segunda vez foram poucos anos depois. O Pastor Luiz de França pregava e eu estava na Congregação do Jardim Novo Santo Amaro. Era um culto calmo, mas não continuou assim por muito tempo. Pelo menos para mim. Sei que Deus fala com seus filhos, todavia nem sempre com todos no mesmo dia e local. A Igreja estava em silêncio, mas meu coração começou a arder. E meus olhos começaram a loubar a Deus com lágrimas que desciam pelo rosto. Eu tinha encontrado um cantinho do céu naquela Igreja. Poucos devem ter percebido que o que se passava comigo, mas a presença do Senhor estava ali.

Eu posso lhe dizer, hoje, com certeza, por que Maria se esqueceu de tudo...





sábado, 8 de maio de 2010

Antologia de Poesia Missionária

antolog*
 

Amados irmãos, é com grande alegria que apresentamos e disponibilizamos para download gratuito o livro eletrônico Antologia de Poesia Missionária.

A obra, organizada por Sammis Reachers, editor dos blogs Poesia Evangélica e Veredas Missionárias (entre outros), reúne belíssimos poemas de, sobre e para Missões, da lavra de diversos poetas evangélicos. O livro (de 108 págs. em formato PDF) traz ainda, como Apêndice, uma seleção de frases sobre Missões e Evangelismo.

Além de ser um subsídio devocional para edificação de toda a igreja, o livro objetiva ser uma ferramenta de auxílio a promotores de missões, pastores e missionários de todas as denominações, com poemas para serem declamados em cultos e eventos missionários, e publicados em sites, blogs, jornais e informativos de igrejas, missões e etc.

Baixe gratuitamente o livro, leia e compartilhe com seus irmãos. O livro não pode ser vendido, mas você pode redistribuí-lo eletronicamente, ou imprimi-lo para uso próprio ou distribuição a interessados.

E mais: Se você possui blog ou site, ou é responsável por site institucional (de Igrejas, Missões, Agências Missionárias, Ongs, etc.), convido-lhe a disponibilizar este livro a partir do mesmo, ajudando a promover o amor pela obra missionária, e edificando seus leitores. Não é preciso autorização prévia para isso, nem é necessário me comunicar.

PARA BAIXAR O LIVRO, Clique Aqui.

E se você está numa lan house que não o permite, ou por qualquer outro motivo não pode fazer o download, leia o livro online, Clicando Aqui.

Que o Senhor nosso Deus lhe abençoe, e una-nos cada vez mais no objetivo de alcançar os inalcançados, estejam eles próximos ou distantes.

Um fraterno abraço de seu irmão e conservo Sammis Reachers

quinta-feira, 6 de maio de 2010

1953

Poema inédito de João Tomaz Parreira

Foto: Lisboa, Praça de Londres, 1953
É interessante como pequenos detalhes
estão contra o olvido e são românticos
na infância, ouvia conversas
que a seguir rasgava
era a guerra na Coreia e tinha medo
que levassem o meu pai, figura esguia
em quem pendurava a minha mão.
5/5/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Problemas?! Uma reflexão para momentos complicados

Sempre será motivo de alegria ver pessoas que se decidem por Jesus.

Mas, é razão para entristecer quando vemos que algumas delas não progridem na fé. As lutas aparecem e elas abandonam a cominhada cristã.
Jamais podemos nos esquecer que Deus não cria problemas. Ele traz as soluções que precisamos. Portanto, o momento da tribulação é a hora que mais precisamos nos aproximar dEle, e é justo nestes momentos ruins que muita gente se afasta!
.
Pensem nisso!
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E.A.G.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Apontamentos: Stuart Mill e o conceito de perseguição religiosa



Apontamentos para Ensaio: João Tomaz Parreira

História religiosa, Cristianismo, movimentos da Reforma, verdade e perseguições andam ligadas na filosofia social sobre a liberdade de John Stuart Mill.O filósofo social do século XIX defendia que a verdade só triunfava das perseguições, se estas afrouxassem. Lemos no seu célebre Ensaio sobre a Liberdade.

A partir do Novo Testamento, designadamente do seu livro de História da Igreja, as perseguições ao Cristianismo, leia-se aos do Caminho ou aos cristãos, iam contra as mulheres e os homens e contra os signos do reconhecimento entre a comunidade dos crentes de então.Os signos/sinais, remotamente distantes ainda dos estudos de semiologia, serviam de identificação e também de um escudo.

O atributo dos cristãos, o objecto significado na palavra peixe, IKhThUs representava as iniciais das palavras Iesoûs Khristós Theoû Uiós Soter «Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador».No livro «Chaves para a Semiologia», este sinal dos cristãos é apresentado na sua magnificência histórica como um paradigma: «Foi, pois, graças a um jogo de palavra que o peixe, sumariamente traçado, se tornou o signo de reconhecimento entre os cristãos.» (pág 71, Universidade Moderna, D.Quixote, 1976).

Esse signo, entendido apenas pela comunidade dos crentes, escondia-os aos olhos dos perseguidores romanos. Quando o signo aparecia, os utilizadores estariam ausentes. Nas paredes das catacumbas, no grafismo das paredes. Era um sinal da Verdade.
Tal Verdade não foi destruída pelas perseguições, nenhuma fogueira, nem rugido de fera, nem garras dilacerantes nem dentes como punhais de cada leão lançado aos cristãos acabou com a verdade.

A verdade nem sempre triunfa da perseguição?
Stuart Mill escreve que «história abunda em exemplos da verdade emudecida pelas perseguições». Nem sequer ficou incógnita durante séculos, como parece defender o autor. A Verdade, na sua actividade de testemunho, de pregação, de evangelização, pode ter passado por momentos de menor expressão e exuberância histórico-religiosa, mas jamais diminuída ou suprimida na sua essencialidade.
O autor particulariza a sua opinião religiosa e parece ter um preconceito anti-protestante, invocando que depois da Reforma luterana «o protestantismo foi a terra, foi extirpado» em Espanha, na Itália, na Flandres, na Áustria. «Sempre que avançaram na perseguição, esta vingou» - diz Mill.

Na Igreja Primitiva neo-testamentária a perseguição judaica consistiu num estímulo para o crescimento da Igreja. Mas as perseguições irromperam antes do período pós-Saulo. Imediatamente a seguir à Crucificação de Jesus Cristo, no próprio dia antes da Ressurreição e no Domingo da mesma, como se pode classificar o medo dos discípulos?Senão como resultado de um espírito de perseguição latente por parte, sobretudo, dos componentes judiciários do Sinédrio, dos fariseus, dos príncipes dos sacerdotes? Ou mesmo dos judeus de um modo geral ?
Diríamos mesmo que a perseguição aos seguidores de Jesus começou na noite da prisãodo Senhor. Foi no sentido de obstar a uma perseguição logo ali perpetrada contra os seus seguidores, os discípulos, que Jesus disse aos guardas que «se pois me buscais a mim, deixai ir estes»- narra o Evangelho de João. O evangelista Mateus descreve sem eufemismos a cena, ao narrar que « então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram».

sábado, 1 de maio de 2010

Viva a Teologia da Prosperidade! - Seleção de frases para embalar o Festim

*

 Aquele que serve a Deus por dinheiro, servirá o diabo por um salário melhor.
- Roger L'Estrange

Os que acreditam que com dinheiro tudo se pode fazer, estão indubitavelmente dispostos a fazer tudo por dinheiro. – Beauchène

Quem compra o que não precisa, vende o que precisa. - Autor desconhecido

O cão que tem dinheiro chama-se senhor cão. - Provérbio Árabe

Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos. – Provérbio Chinês 

Nada falta no funeral dos ricos, a não ser alguém que sinta a sua morte. - Provérbio Chinês

Considerai que querendo mais do que podeis, não só destruís o vosso poder senão também o vosso querer. - Padre Antonio Vieira

Muito dinheiro e pouca educação é a pior combinação. - Valentín Moragas Roger

Não estimes o dinheiro nem em mais nem em menos do que aquilo que vale, porque ele é um bom servo e um mau amo. - Alexandre Dumas 

Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro. - Autor desconhecido
 
Depois de nos precavemos contra o frio, a fome e a sede, tudo o mais não passa de vaidade e excesso. 
- Sêneca
Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam. 
- Provérbio Chinês 

O dinheiro pode comprar uma cama, mas não o sono; livros, mas não a inteligência; alimentos, mas não o apetite; uma casa, mas não um lar; medicamentos, mas não a saúde; luxos, mas não a cultura; divertimentos, mas não a felicidade; um passaporte para qualquer lugar, mas não para o Paraíso. - Autor desconhecido

Algum dinheiro evita preocupações; muito dinheiro as atrai. – Confúcio

O avarento não possui as suas riquezas: são estas que o possuem a ele. - Bion de Esmirna

Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade. - Provérbio Chinês

O mais rico não é o que mais tem, mas o que necessita de menos. - Autor desconhecido

Para a nossa avareza, o muito é pouco; para a nossa necessidade, o pouco é muito. – Sêneca

A civilização é uma ilimitada multiplicação de necessidades desnecessárias. - M. Twain

Na verdade não é a penúria que produz a avareza, mas sim a abundância. – Montaigne

Uma grande fortuna é uma grande servidão. – Sêneca

Mesmo que tenhas dez mil plantações, só podes comer uma tigela de arroz por dia; ainda que a tua casa tenha mil quartos, nem de dois metros quadrados precisas para passar a noite. - Provérbio chinês

É preferível ser dono de uma moeda a escravo de duas. - Provérbio grego

A verdadeira riqueza de um homem é o bem que ele faz neste mundo.

A Idade de Ouro volta aos homens quando, mesmo que apenas por um momento, esquecem-se do ouro.
 - Gilbert Keith Chesterton

Do homem que opina que o dinheiro pode fazer tudo cabe suspeitar com fundamento que será capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro.
- Benjamin Franklin

A propriedade é uma armadilha; o que cremos possuir é que nos possui.
A. Karr

Dinheiro é como esterco: só é bom se for espalhado.
Francis Bacon

Poucas coisas testam mais profundamente a espiritualidade de uma pessoa do que a maneira como ela usa o dinheiro.
J. Blanchard

Tempo e dinheiro são os fardos mais pesados da vida, e os mortais mais infelizes são os que os têm mais do que são capazes de usar bem.
Samuel Johnson

A verdadeira medida de nossa riqueza está em quanto valeríamos se perdêssemos todo nosso dinheiro.
John Henry Jowett

Dois terços de todas as lutas, brigas e processos judiciais no mundo originam-se de uma simples causa: dinheiro!
J. C. Ryle

Mamom é o maior senhor de escravos do mundo.
Frederick Saunders

Dinheiro - o maior deus debaixo do céu.
Herbert Spencer

Nada do que é de Deus é obtido com dinheiro.
Tertuliano

O dinheiro compra qualquer coisa, exceto a felicidade, e obtém o passaporte para qualquer lugar, salvo para os céus.
Charles L. Wallis

Não estimes o dinheiro nem em mais nem em menos do que aquilo que vale, porque ele é um bom servo e um mau amo.
Alexandre Dumas

Não gastes o teu dinheiro antes de o teres na mão.
Thomas Jefferson


Fonte frases: E-books Minhas Citações Preferidas, de Alzira Sterque, e
SABEDORIA: Breve Manual do Usuário, que eu organizei.

Fonte: Blog Arsenal do Crente